economia
Este trabalho consiste em uma nota de aula, onde serão apresentados, brevemente, os elementos centrais que há em torno de algumas teorias do consumo e investimento da macroeconomia. Para tanto, será feita alusão a teoria do consumo keynesiana, a teoria da renda permanente, a teoria do ciclo de vida, o q de Tobin, a teoria da escolha intertemporal.
1. Consumo e investimento na visão keynesiana
De acordo com Spinola et al (2010) Keynes foi um marco na história do pensamento econômico. A teoria e o debate econômico passaram a observar o surgimento de conceitos até antes ignorados pela teoria econômica neoclássica, como o conceito de demanda agregada e de desemprego involuntário.
Para Keynes os empregos dependem do nível de investimento e consumo da economia, e se este nível se revelar insuficiente, cabe ao governo, como maior consumidor e investidor dirimir esse problema.
A função consumo keynesiana relaciona o consumo à renda disponível corrente, conforme abaixo:
C = cYd, onde:
C: consumo; c: propensão marginal a consumir (0 < c < 1); e
Yd: renda disponível.
Como bem observa Moraes (1998) Keynes coloca que, além da renda disponível, o consumo depende de fatores objetivos e subjetivos, e os fatores objetivos que influenciam o consumo são: (1) uma variação na unidade de salário real; (2) uma variação na diferença entre renda e renda líquida; (3) variações imprevistas nos valores de capital não considerados no cálculo da renda líquida; (4) variações na taxa intertemporal de desconto, isto é, na relação de troca entre os bens presentes e os bens futuros; (5) variações na política fiscal e (6) modificações das expectativas acerca da relação entre os níveis presentes e futuros da renda.
Ainda segundo Moraes (1998) para Keynes a força dos fatores subjetivos varia de acordo com as instituições e a organização da sociedade, com os hábitos devidos à raça, à educação, às convenções, à religião e às atitudes morais correntes, com as esperanças