Economia
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O filme de 1987 de Oliver Stone é um dos clássicos do cinema a respeito do mercado financeiro. Ele conta a história de um ambicioso jovem de classe média, Bud Fox, que em 1985 arruma emprego em uma corretora importante de Nova York e se vê deslumbrado com o luxo e o poder de Wall Street. Mas, para subir na empresa, o dono da corretora, Gordon Gekko (Michael Douglas) quer que ele traga informações privilegiadas de investimentos. Fox passa então a fazer o trabalho sujo, espionar executivos de empresas e concorrentes para passar informações de negócios para Gekko, em troca de favores que incluíam desde bônus e festas luxuosas até a companhia de mulheres deslumbrantes. O ápice da decadência de Fox é quando ele passa informações sigilosas da companhia aérea onde o próprio pai (Martin Sheen, pai de Martin na vida real) trabalha para agradar ao chefe. Até que ele percebe que está encrencado e resolve mudar sua vida, o que o filme vai mostrar que não é tão fácil.
A história é o retrato de uma época em que o mercado americano passava por uma onda de otimismo que se encerrou com a crise de 1987 e que, assim como a crise de 2008, provocou perdas para muitos investidores e despertou a ira contra Wall Street. Havia também um sentimento muito negativo com o mercado pelas operações de aquisição hostil contra empresas, prenúncio do crescimento do poder dos fundos de private equity, que passaram a dominar o mercado nos anos 2000.
O filme mostra também que mesmo nos Estados Unidos, onde as regras são duras e quem mexe com informações privilegiadas pode ir preso de verdade, ainda havia um esforço para evitar as irregularidades e a manipulação de preços. E também como o dinheiro de Wall Street acaba por seduzir os menos preparados.
Nem se cogitava na época que o problema da falta de ética e a sede de enriquecer a qualquer custo poderia ir mais longe, chegando também às empresas, como mostraram as fraudes cometidas pela companhia de