Economia
Passados seis anos do estouro da bolha imobiliária nos
Estados Unidos, em 2008, a economia mundial continua no atoleiro. Institutos de pesquisa e entidades multilaterais revisaram, nos últimos meses do ano passado, as projeções de crescimento para 2013 e 2014.
Os números variam, mas têm um sentido comum: a economia mundial deve ter um crescimento modesto, devido principalmente ao desempenho mais contido dos emergentes. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial não deve atingir a marca dos 3% em 2013, mas prevê-se que chega a 3,5% em 2014 – ainda longe dos mais de 5% registrados nos anos anteriores à crise. Os estudos são unânimes: qualquer crescimento depende mais do desempenho das economias avançadas – com destaque para a dos Estados Unidos (EUA) – do que dos mercados emergentes, cuja atividade desacelera.
Estados Unidos
Na avaliação das instituições, a retomada do crescimento mundial estará sob a batuta da maior economia do planeta, os EUA. Portanto, os maiores riscos à recuperação vêm exatamente desse país. Ainda que devagar, ele terminou 2013 com indicativos de que a vida começa a voltar ao eixo: o mercado imobiliário se recupera; a capacidade ociosa da indústria ainda é alta, mas o consumo interno se aquece, com o aumento do crédito; a taxa de desemprego caiu de 10% em outubro de
2009 para pouco mais de 7% no mesmo mês de 2013.
Ainda assim, a economia norte-americana preocupa por causa do alto nível de endividamento público.
A dívida pública, que já vinha crescendo há uma década, principalmente com os gastos em guerras e ações militares, foi ampliada pelos recursos retirados do
Tesouro para salvar empresas e bancos na crise de 2008.
A economia estagnada levou a uma grande onda de demissões – o que, por sua vez, fez o governo gastar mais com seguro-desemprego. Com os gastos extras, a dívida pública norte-americana explodiu: subiu de 9,3 trilhões de dólares em 2007 para 16,7