Banco resultante da união deverá cobrar por 1 ano tarifa mais baixa entre as praticadas pelos 2 por mesmo serviço hoje Restrição valerá só para as 20 tarifas que BC classifica de serviços prioritários, e juros estarão liberados; Cade ainda analisa operação NEY HAYASHI DA CRUZ DA SUCURSAL DE BRASíLIA O Banco Central aprovou ontem a união entre Itaú e Unibanco, mas decidiu impor restrições às tarifas praticadas pelo novo conglomerado como condição para a aprovação. Segundo o BC, ambas as empresas foram informadas da exigência e se comprometeram a respeitar esses limites pelos próximos seis anos. Os juros cobrados em operações de crédito não sofrerão nenhum tipo de limitação e continuarão sendo livremente fixados pelo novo banco, que passa a ser o maior do país. é a primeira vez que o BC impõe restrições à fusão de duas instituições financeiras por causa de possíveis problemas a seus clientes. A nota do BC afirma que, "sob a ótica da concentração do sistema financeiro nacional, o BC concluiu que a operação não acarreta prejuízos à concorrência, a despeito de elevar o poder de mercado do novo conglomerado em alguns mercados". Nos últimos anos, BC e Cade -Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ligado ao Ministério da Justiça- têm disputado a função de órgão do governo que julga as fusões no setor bancário, já que a legislação sobre o assunto não é clara sobre a questão. Contra o BC, a principal crítica é, justamente, a pouca atenção dada aos aspectos concorrenciais. Mesmo com o parecer dado ontem pelo BC, o Cade ainda fará seu próprio julgamento sobre a fusão entre Itaú e Unibanco. Ainda não há data para o anúncio dessa decisão. Em 2007, o Cade aprovou, sem restrições, a união entre Santander e ABN Real, que resultou na formação do quarto maior banco do país. Menor tarifa Em comunicado distribuído à imprensa, o BC informou que o banco que resulta da união entre Itaú e Unibanco deverá cobrar, durante um ano, a tarifa mais baixa entre as praticadas atualmente por