Economia
TEXTO ESCOLHIDO PARA LEITURA 3
GLOSSÁRIO 5
RESUMO 6
OPINIÃO DO GRUPO 7
BIBLIOGRAFIA 9
TEXTO PARA LEITURA
“Copom reconhece que a oferta limita a recuperação”
A constatação de que as "limitações no campo da oferta" frustram a expectativa de recuperação econômica é um dos pontos mais importantes da ata divulgada ontem da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve o juro básico em 7,25% pelo quarto mês, apesar de reconhecer a séria piora da inflação a curto prazo.
A avaliação de que a oferta está restringindo a recuperação do nível de atividade é uma mudança importante no diagnóstico do desempenho decepcionante da economia nos últimos dois anos, especialmente em 2012. Até recentemente, o governo vinha insistindo em medidas para incentivar o consumo, como a expansão do crédito e a redução de impostos sobre alguns bens, com resultados erráticos. Não raras vezes a estratégia incentivou as importações, com impacto negativo na balança comercial, dada a resposta inadequada ou inexistente da produção doméstica.
Mas o Copom lava as mãos quanto à deficiência da oferta, que, segundo a ata, será "favorecida pelas transferências públicas, bem como pelo vigor do mercado de trabalho, que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas". Considera ainda que a inanição do investimento é reflexo do "aumento de incertezas e da lenta recuperação da confiança".
Na avaliação do Copom, as limitações da oferta não podem ser corrigidas "por ações de política monetária, que são, por excelência, instrumentos de controle da demanda", minimizando o poderoso efeito da queda dos juros já promovida - 5,25 pontos desde agosto de 2011 - nos custos da produção e financiamento dos investimentos. Para o Copom, a queda dos juros tem impacto no consumo, que, lembra a ata, continuará impulsionado "pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente, bem como pela expansão moderada da oferta de crédito, tanto