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A possibilidade de mudança no cenário é pequena. “A não ser que o governo faça anúncios fiscais críveis, de políticas sérias, e os cumpra de maneira constante, não há espaço para uma subida da bolsa. O mercado de capitais está enfraquecido”, diz Victoria. A economista lembra que “há anos o governo não cumpre a meta inicialmente combinada para o superávit. Isso afeta a economia de maneira geral, inclusive o mercado de capitais”.
Victoria conta que bolsas ao redor do mundo estão em níveis acima do que tinham antes da crise de 2008, o que não ocorre com o Brasil. “O Ibovespa tinha 73 mil pontos e hoje está em 47 mil sem qualquer perspectiva de voltar àquele patamar”.
As discordâncias de Victoria com o governo se estendem também às projeções. Para a economista, o crescimento do PIB brasileiro diminui esse ano, quando deve subir apenas 1,4% em 2014. O percentual é bem abaixo da expansão projetada pelo governo durante a divulgação da meta do superávit, na semana passada, de 2,5%.
Nas suas projeções, Victoria não leva em conta qualquer restrição na oferta de energia, possibilidade que a põe aflita. “É hora de racionalizar o uso pelo preço”.