ECONOMIA
Houve dois motivos que levaram os pregadores cristãos a retomar a filosofia grega para investigar o cristianismo. O primeiro motivo está diretamente relacionado à expansão da fé, a Evangelização. Em regiões onde prevaleciam crenças politeístas, era preciso utilizar-se de outros meios para pregar. O pensamento grego havia se espalhado por uma vasta região, a partir do domínio macedônio, penetração que se tornou ainda maior com a expansão romana. Alguns pensadores procuraram formular os ensinamentos de sua religião em termos filosóficos, a fim de que outros povos pudessem compreendê-los e, persuadidos, converteram-se ao cristianismo.
O segundo motivo pelo qual o cristianismo rapidamente se associou à filosofia foi a necessidade de organizar os ensinamentos cristãos, de reunir os fatos e conceitos cristãos sob a forma de uma nova doutrina e elaborar uma teologia rigorosa que explicasse os motivos por que Deus se mostrou aos homens através de Jesus de Nazaré. A filosofia grega, mais uma vez, foi o instrumento escolhido para esse empreendimento, pois apresenta um método de pensamento consistente, que permite investigar a fundo o espírito humano (a Inteligência, os sentimentos e a vontade) e a realidade exterior ao homem (o universo, os seres da natureza, os objetos).
Assim, a filosofia dos primeiros séculos da Idade Média é quase inseparável da teologia. Os primeiros pensadores desse período que podem ser considerados filósofos foram homens eruditos que abraçaram o cristianismo de maneira