Economia
Cerca de um milhão de pessoas morrem por ano em decorrência do suicídio. Ou seja, perde- se mais vida com suicídio anualmente do que em todas as guerras e homicídios no mundo. Ainda segundo a OMS, se a prevenção não passar a ser encarada seriamente, esta fatalidade pode chegar a 1,5 milhão em 2020 e de 10 a 20 vezes mais em termos de tentativas.
Quando sabemos que alguém se suicidou, a primeira pergunta que vem à nossa mente é 'por que'? E a resposta, normalmente, é vazia. Vazia no sentido em que não diminui nossa indignação, nossa dificuldade em compreender que alguém desistiu da vida. Na verdade, muito já foi pesquisado sobre o assunto e a principal conclusão desses estudos é que em mais de 90% dos casos de suicídio, existe um transtorno mental associado.
Embora a depressão esteja no topo da lista, algumas doenças psíquicas também podem aumentar o risco de suicídio. É o caso do Transtorno Afetivo Bipolar, caracterizado por alternâncias entre fases de mania (hiperatividade) e depressão. O TAB afeta cerca de 1,5% das pessoas. Entre 20% a 50% dos doentes tentam suicídio. Portanto, se essas doenças forem diagnosticadas e tratadas com seriedade, o suicídio pode ser prevenido.
Se levarmos em consideração que se perde mais vidas por suicídio no mundo do que em todas as guerras e homicídios, podemos analisar quanto é alarmante a situação, e que medidas emergenciais devem ser tomadas, no Brasil, a violência urbana é o grande vilão das mortes, mesmo assim pouco é feito para solucionar o problema. Por trás desta atitude está o medo de encarar o suicídio como um fato, assim como vemos hoje tratarem a depressão que antes era igualmente tabu.
Podemos levar em consideração também, a postura da mídia em relação ao suicídio, uma postura distanciada e superficial, o que os jornalistas precisam é abordar a morte voluntária de forma responsável e não sensacionalista, tratar o assunto com muita maestria para ajudar na