ECONOMIA
Foi nestes cerca de vinte anos que se deu uma extraordinária transformação e expansão econômicas, parafraseando E.J.Hobsbawm na sua obra A Era do Capital, foi nesta época que o mundo se tornou capitalista e que uma significativa minoria de países desenvolvidos se transformou em economias industriais.
Esta era de progresso econômico ímpar, começou com um período de prosperidade espectacular e extraordinário, que não tinha, tão pouco, antecedentes comparativos. Exemplificando, nunca a economia britânica tinha conhecido um tão próspero crescimento das exportações como nos primeiros sete anos da década de 50. Entre 1850 e 1860 a produção de tecidos de algodão e a sua exportação duplicaram. O número de operários da indústria algodoeira duplica também. Na Bélgica a exportação de ferro mais do que duplicou entre 1851 e 1857. Na Prússia, no mesmo período, foram fundadas 115 companhias por acções, com um capital total de 114,5 milhões de táleres, em comparação com a sessenta e sete fundadas no quarto de século precedente, cujo capital era de 45 milhões de táleres. Este ciclo de intensa prosperidade deveu-se em grande medida a uma combinação característica de capital barato aliado a uma subida rápida dos preços. Os lucros que contemplavam os produtores, os comerciantes e acima deles os organizadores de empresas tornavam-se quase irresistíveis. Senão vejamos: a taxa de lucro do capital investido no credit mobilier de Paris alcançava os 50%.
Noutro campo, a oferta de emprego aumentou em espiral, tanto na Europa como nas colónias, para onde começaram a convergir um elevado número de emigrantes.
Politicamente os reflexos desta acentuada prosperidade foram de