Economia
A teoria dos jogos é uma teoria matemática sobre conflito e colaboração, de situações, nas quais se pode favorecer ou contrariar um ao outro, ou ambos ao mesmo tempo. Para alguns jogos, a teoria pode indicar uma solução para o jogo, isto é, a melhor maneira a proceder para cada pessoa envolvida. No entanto, na maioria dos jogos que descrevem problemas reais, ela só nos fornece uma visão geral da situação, descartando algumas jogadas que não levarão a bons resultados.
Os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a simples jogos de entretenimento – pôquer, xadrez, damas, entre outros –, como a aspectos significativos da vida em sociedade. Um exemplo deste último tipo de aplicação é o Dilema do Prisioneiro, popularizado pelo matemático Albert W. Tucker, que tem muitas aplicações no estudo da cooperação entre indivíduos.
Existem inúmeras outras situações que podem ser tratadas como jogos, no sentido mais amplo dado por John Von Newmann, considerado o criador da teoria dos jogos. Uma situação definida por interesses competitivos, em que cada um procura maximizar seus ganhos. Nesta descrição se encaixam as táticas de guerra, a política nacional e internacional, os problemas econômicos e até mesmo a evolução biológica, que tem fatores facilmente quantificáveis; especificamente, a seleção natural leva os seres vivos a um comportamento que otimiza seu sucesso reprodutivo; calculando a descendência, pode-se medir esse sucesso em números.
Observemos um pequeno jogo, o pôquer simplificado. Só existem duas cartas no jogo, um ás e um dois, e somente dois jogadores, A e B. Inicialmente, cada um aposta R$1. O jogo começa quando A escolhe uma carta e, se ela for o ás, ele deve dizer ás; caso seja o dois, ele pode dizer ás ou dois. Se disser dois, perde o jogo e o que apostou. Entretanto, quando A diz ás – não importando qual carta ele realmente tem na mão – deve apostar mais R$1. Neste caso, B pode acreditar em A e perder seu R$1