economia
Por Viviane Forrester
"Não há quem não conheça esta frase, e certamente são poucos os que com ela não concordam. Ela sintetiza com precisão o que o dinheiro representa no mundo de hoje, apesar de incompleta.
Sim, incompleta, pois o dinheiro não apenas move o mundo, mas é também para a maior parte das pessoas o foco principal de seus pensamentos e seu objetivo de vida mais elevado. Para angariar dinheiro elas sacrificam a saúde e seu precioso tempo terreno, forjam e destroem amizades, são capazes de mentir, ludibriar, roubar e até matar. Tudo pelo dinheiro.
Por ter a humanidade elevado com tanto afinco esse bezerro de ouro a um lugar de honra, ao ponto mais alto do seu altar de idolatrias, o descalabro econômico que atinge a Terra torna-se agora um dos mais pesados golpes do Juízo. A instabilidade econômica mundial traz convulsão social, crise de governabilidade, medo e, principalmente, insegurança.
A ânsia desmedida pelo dinheiro é mais um sintoma do domínio do intelecto sobre o espírito. Como aquele provém da matéria, só tem capacidade de reconhecer e dar valor àquilo que é material. E o dinheiro é o instrumento capaz de realizar o sonho de todas as pessoas dominadas pelo seu intelecto: acúmulo ininterrupto de bens e riquezas terrenas.
Uma grande parte ainda dessas pessoas luta apenas pelo dinheiro, unicamente para possuí-lo, sem sequer desfrutar das coisas que ele pode comprar e muito menos utilizá-lo em prol do bem comum. Terríveis são os efeitos retroativos desse ápice de egoísmo. Toda a segurança que tolamente imaginam dispor pela posse do dinheiro transformar-se-á em pó de uma hora para outra.
Como seria então a maneira correta de se relacionar com o dinheiro?
Uma grande e inflexível lei perflui toda a Criação e assim também esta nossa pequena Terra de matéria grosseira: a Lei da Reciprocidade ou Lei de Retorno. Entre outros efeitos, essa lei estabelece que em tudo tem de haver equilíbrio. Dar e receber