economia

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Como se vê, as despesas de habitação, onde estão as famigeradas tarifas de energia, subiram 205% ao passo que o IPCA total subiu 78%, com uma diferença de mais de 120%. Era a tal capitalização do setor elétrico, que acabou não funcionando, já que em 2001 o setor precisou de mais uma mega injeção de capital para segurar os efeitos do apagão4. Terminado o governo FHC, o setor elétrico, no segmento GERAÇÃO DE ENERGIA, tinha uma capitalização e uma política de preços, que poucos setores empresarias do planeta tinham. Para “garantir investimentos”, os preços e as margens de lucros da geração de energia estavam na estratosfera e tudo garantido por contratos de longo prazo5.

Algumas laudas para entrar no principal: a política Roussef de tarifas.

Quando os contatos com a geradoras venceram, no ano passado, a presidente viu uma oportunidade de desfazer essa distorção. Mas, antes, atente-se para o seguinte: é na a geração que os preços são controlados por contrato. As sobras de energia gerada, que excedem os contratos ou que não estão contratadas com o governo, são negociadas livremente através de um mercado secundário. Já os preços da energia que chega aos consumidores finais são calculados de outra forma, sem a intervenção direta do governo. As distribuidores repassam os custos de compra da energia e adicionam o seu lucro aos preços cobrados nas contas residenciais. Esse preço, o da nossa conta, tem embutido a energia comprada pelos contratos administrados pelo governo sobre as geradoras e toda a energia comprada no mercado livre. Nesse mercado livre estão as geradoras de energia não hidroelétrica: termoelétricas, eólicas, etc. E os preços praticados nesse segmento são extremamente salgados: enquanto a energia de uma hidroelétrica varia entre R$ 80 a R$ 150 reais, essas fontes alternativas não saem por menos de R$ 800 e, não raro, acima de R$ 1.000 o kW/h.

No ano passado a presidente exigiu que a geradoras hidroelétricas reduzissem seus preços, assinando

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