Economia
Lei da escassez é um pressuposto dominante, tido como incontornável no passado - em alguns campos de estudo - hoje questionado, que postula a natureza limitada dos meios disponíveis em relação aos fins que as pessoas têm em suas ações. O pensamento dominante na economia tem como fundamento a noção de escassez. Esta é uma das razões de o pensamento e as práticas da economia serem baseados em uma concorrência que ignora e desestimula modelos colaborativos de produção. Na biologia a noção de escassez está ligada a extinção de espécies ou a ameaça de extinção de animais e plantas do meio natural.
Tecnicamente, escassez na economia é definida como o caso onde num preço nulo a oferta de um bem é menor do que a demanda. Um bem abundante é assim classificado quando num preço nulo sua oferta ainda é superior a procura. A escassez leva o ser humano a se organizar e a estabelecer entre sí relações a fim de enfrentá-la ou conviver com ela atenuando-lhe o quanto possível a severidade. A divisão do trabalho e todas as instituições de natureza econômica surgiram para melhor alocar os meios escassos em relação a vários fins possíveis. Quando há escassez os agentes tem que decidir como alocar e usar estes recursos.
Escassez na economia
É verdade que a escassez alicerça toda a teoria económica que é leccionada nas universidades e institutos por todo o mundo, porém, Peter Drucker na obra A Sociedade Pós Capitalista,1 diz-nos que temos estado a evoluir para um modelo econômico onde se manterão alguns elementos típicos das sociedades capitalistas. A economia como ciência estuda os mecanismos de otimização dos recursos escassos, os três fatores produtivos clássicos, terra, trabalho e capital, no futuro a economia será entendida como a ciência que estuda a otimização de um único recurso que cria valor e que não está condicionado pela escassez, antes goza de uma abundância inesgotável. Esse recurso é o saber, o conhecimento, sendo que essa riqueza resultará da capacidade da