Economia
Minsky2 desenvolveu uma teoria para explicar por que a economia capitalista exibe momentos de expansão e retração econômica. Esta instabilidade se deve basicamente ao desenvolvimento da fragilidade das estruturas financeiras, resultante da interação entre empresas não-financeiras e sistema financeiro no processo de financiamento do investimento. Minsky constrói toda a sua argumentação a partir da Teoria
Geral de Keynes, cuja obra trata de uma “economia monetária de produção”, que se constitui em um importante aparato teórico a ser utilizado na interpretação do funcionamento do sistema capitalista moderno. Neste, a moeda não apenas desempenha suas funções básicas (intermediária de trocas e unidade de valor) mas papel próprio afetando motivos e decisões de produção, ou seja, a moeda não é neutra no processo produtivo.
Os empresários da iniciativa privada, de uma maneira geral, têm na expectativa de lucro monetário ou excedente seu principal objetivo. Para atingi-lo organizam a produção comprando insumos de outras firmas e contratando trabalhadores. A moeda se constitui em uma alternativa para os empresários quando as expectativas de lucratividade não são boas. Esta incerteza que permeia as decisões dos negócios, de ter ou não lucros futuros, em uma economia capitalista é que dá todo o caráter de bom refúgio à moeda.
As decisões de investimentos das empresas levam em conta as expectativas de lucratividade futuras. E decisões de investimento, para a teoria Pós-Keynesiana, implica necessariamente em aquisição de capital fixo3. No entanto, não é apenas as expectativas com relação aos retornos esperados, que garante por si só o investimento das empresas. O financiamento deste é algo que deve ser levado em conta, pois, são os recursos alocados que vão garantir a efetividade do investimento, mesmo por que uma vez financiado externamente (empréstimo bancário ou emissão de ações) amplia os recursos que uma empresa pode contar, diminuindo a