Economia

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Com pacotes de estímulos lançados pelo governo espalhados por todos os países, renasce a discussão no mainstream econômico sobre a relevância da Teoria Geral de Keynes. Tal teoria nasce quando se começa a se perguntar o que explica o emprego e a renda, e a longo prazo, o que explica o progresso da economia. Como lembra Robert Skidelsky1 a crise trouxe à tona as questões relativas ao comportamento humano e suas expectativas em relação ao futuro, tornando relevante a explicação aos questionamentos iniciais da macroeconomia feita por Keynes. Para Keynes, a teoria clássica na qual se formou, não era suficiente para explicar as crises do capitalismo, e por isso, para não nos depararmos com desastrosas previsões econômicas, seria necessário mudar esta teoria em sua essência. Apesar de ter dominado o cenário econômico até trinta anos depois da Segunda Guerra Mundial, economistas reverteram as políticas econômicas para a velha doutrina, na qual os mercados são auto-suficientes e as intervenções estatais não são um bem para a economia. Novamente, voltou-se a pensar que todos os atores econômicos têm informação o suficiente para investir e projetar o futuro, o que na realidade não acontece. O que se provou na crise, na verdade, quando o sistema financeiro faliu, é que os agentes não sabem o que irá acontecer no futuro próximo, e com isso, diante das incertezas, ao invés de continuar seus gastos e investimentos, há uma retenção. A peça central do pensamento de Keynes é a existência de uma incerteza sobre o futuro. Existem microfundamentos, ou seja, expectativas individuais que agregadas geram um efeito macroeconômico. Tais incertezas orientam o comportamento humano, criando expectativas individuais que regulam o consumo e o investimento, não havendo um “automatismo” do mercado. Keynes teve um objetivo político quando afirmou que os governos têm que dar passos para estabilizar o mercado e o pleno emprego, sugerindo políticas que não permitam que novamente ocorresse

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