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Relatório aponta para uma alta de 40% na produção brasileira de alimentos entre 2009 e 2019
O Brasil deve liderar o comércio mundial de alimentos em culturas estratégicas como soja e etanol num período de 10 anos. Essa expansão apontada em estudo do Ministério da Agricultura deve ser confirmada hoje com o lançamento de um relatório de perspectivas agrícolas da Agência para Agricultura e Alimentação (FAO), órgão das Nações Unidas.
O trabalho internacional aponta para uma alta de 40% na produção brasileira de alimentos entre 2009 e 2019 – o dobro da média mundial e quase 10 vezes mais que a União Europeia.
– Com a demanda apresentando forte crescimento sustentável e a oferta se expandindo de maneira instável, o cenário é perfeitamente viável – afirma Denis Ribeiro, da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos.
Em algumas culturas, sustenta a pesquisa do governo federal, a taxa anual de avanço das vendas no mercado externo e da produção é superior a 5%. No caso do etanol, a projeção de avanço das exportações chega a 14,63% ao ano. Na cultura do milho, o Brasil terá o maior crescimento nominal do mundo em exportações, ao lado da Argentina, enquanto no complexo soja o mesmo estudo aponta que o país deverá dominar 40% do comércio mundial do grão em 2020.
– Não tenho dúvida de que estamos caminhando para a transformação do álcool em commodity, como o petróleo e o aço. Hoje, só 10% do etanol mundial é vendido internacionalmente – analisa Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da Unica.
Segundo Francisco Schardong, diretor da Federação da Agricultura do Estado, o crescimento sustentável da produção de alimentos no Brasil é uma realidade. O diretor lembra que o país dobrou sua produção nos últimos oito anos sem aumentar a área de plantio – fruto da aplicação de mais tecnologia no campo.
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