ECONOMIA
ESPM
3ºE CSO
11/09/2013 - 11h51
Emprego na indústria tem retração generalizada em julho, mostra IBGE
PEDRO SOARES
Em mais um sinal de que uma retomada mais firme da indústria ficou para trás e concentrada no segundo trimestre o emprego na indústria caiu 0,2% de junho para julho, na taxa livre de influências sazonais (típicas de cada período). Tratase do terceiro resultado negativo nessa base de comparação, acumulando nesse período uma perda de 0,7%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11).
A retração foi generalizada, e atingiu 12 dos 14 locais e 12 dos 18 setores investigados pelo IBGE.
Em termos regionais, o principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (4,3%), Bahia (-7,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Pernambuco (-5,3%). Santa
Catarina, com avanço de 1,3% em julho de 2013, apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país.
Por setor, calçados e couro (-5,5%), produtos de metal (-3,5%), máquinas e equipamentos (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%), produtos têxteis (-3,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,5%) tiveram as maiores baixas. Já os principais impactos positivos ocorreram em alimentos e bebidas (1,8%), borracha e plástico (3,4%) e meios de transporte (1,5%).
Comentário
A concessão de crédito tem baixa devido ao alto nível de inadimplência dos credores. Assim as pessoas estão consumindo menos, comparado com o ano anterior, para guardar dinheiro e sanar suas dívidas. Devido a essa baixa na demanda, as indústrias retraem na produção, pois não querem produtos estocados. Dessa maneira as horas de trabalho requeridas para atender a demanda são menores, portanto, alguns trabalhadores são demitidos e hora extra não é necessária. Outro fator é o alto custo de mão de obra no Brasil, o qual torna inviável o investimento em ativos no país, sendo que em outros países esse custo é menor.