Economia
Renato Abreu Ortiz de Andrade
História da Riqueza do Homem é certamente um livro singular para aqueles que desejam estudar a fundo a origem da economia e junto a ela os problemas que se desencadeiam a partir da maximização do lucro. O leitor é levado a uma revisão histórica da economia mundial, observando como que através de seu desenvolvimento progressivo se modificam os valores sociais anteriormente aceitos. Leo Huberman, autor da obra, leva-nos a questionar a validade do sistema capitalista e até mesmo da questão monetária como um todo. Além disso, Huberman tenta demonstrar como a história humana fora meticulosamente modificada pelo fator econômico e cita o grau de influência do sistema monetário nas instituições sociais como a família, o Estado e as religiões. O mais interessante porém é que a obra não deixa passar a exploração dos pobres pelos que detém o poder político e econômico e o nível predatório a que chegou tal exploração nos dias atuais.
A análise do autor começa a partir do sistema feudal e sua organização. O
Feudalismo situou-se no período histórico conhecido como Idade Média e foi um modo de sistematização da vida social cuja economia se baseava na terra. Isto significa que o potencial de riqueza era medido na extensão e na quantidade de terras possuídas por um indivíduo. A essas terras denominamos feudos e era praticamente o reino de um senhor feudal. Logo, quem possuía terras era rico e quem não possuía terras era pobre e este, se quisesse sobreviver teria de se submeter a trabalhar para o senhor feudal. A sociedade na Idade Média era dividida em basicamente três grupos completamente distintos: no topo da pirâmide estava o clero, isto é, o poder políticoreligioso exercido pela Igreja Católica Romana desde a época do imperador
Constantino no século IV. A Igreja era composta de pessoas altamente instruídas no campo filosófico e detinha um poder de influência muito grande devido ao seu poder