Economia

871 palavras 4 páginas
Em “A evolução do capitalismo” de Maurice Dobb, mais especificamente na parte que trata do “Declínio do feudalismo e o surgimento das cidades”, o autor expõe as controvérsias e as especulações que existem em torno do tema, utilizando, como referência, diversas localidades, com suas condições materiais e geográficas peculiares; diferentes pontos de vista e evidências, dentro de uma cadeia lógica de análise; enfim, há na obra um esforço do autor em definir em que ponto, em que momento histórico, por quais causas o feudalismo começou a entrar em degeneração; e qual a influência do comércio renascente sobre aquele como catalisador ou não desse processo.
No início da obra o autor dá especial atenção ao que de fato entende-se por feudalismo; por esse modo de produção que predominou na Europa ocidental na Idade Média. Dessa forma, trás a definição da relação que norteia o processo de produção feudal: a relação entre o produtor direto e seu superior imediato. Ele também busca distingüir o trabalhador escravo – alienado dos meios de produção - do servo – detentor dos meios de produção -, ou seja, Dobb expõe alguns conceitos concernentes à matéria de sua obra, tentando assim dar um alicerce indispensável ao leitor em análises ulteriores.
Em seguida, o autor trata de como o renascimento comercial modifica, no bojo, as relações servis. O surgimento do comércio e do trabalho assalariado, ao que parece, não foi o principal agente mitigador das relações feudais. Pelo contrário; no que tange grande parte da Europa ocidental, o renascimento comercial apenas aprofundou as exações servis, já que, em função do reaquecimento do comércio e da relativa escassez de mão-de-obra verificados no século XIII, a produção feudal tornou-se insuficiente tanto para a subsistência da população quanto para a nova demanda dos centros comerciais. Diante dessa realidade de subnutrição e exploração demasiada, surgiu mais um agravante, a peste negra, que reduziu ainda mais a população, inflacionando o

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