Economia regional
Uma análise exploratória para o Estado de São Paulo
Capítulo 1: Economia Espacial e Regional
A economia espacial e a regional fornecem elementos substanciais para o entendimento dos processos de consolidação das atividades e da forma de ocupação nas regiões. A concentração do capital e a aglomeração das atividades econômicas, em poucas localizações geográficas distribuídas de forma heterogênea, são problemas centrais da Economia Espacial e Regional. Desta forma, podemos considerar que problemas de desenvolvimento, planejamento e meio ambiente são, também, problemas de localização.
Apesar de sua grande relevância para a atividade econômica a dimensão espacial foi, de fato, incorporada ao arcabouço econômico depois de uma revolução promovida pela escola econômica alemã que defendeu a aplicação adaptada das leis econômicas à realidade dos países e regiões de forma a fornecer interpretações econômicas mais adequadas.
Membros da Escola Histórica Alemã como Wilhelm Roscher e A. Schäffle se dedicaram, na segunda metade do século XIX, à enumeração dos fatores locacionais peculiares a cada país, em cada época, e que explicariam as vantagens comparativas de um país ou região para que ali se localizassem atividades produtivas (PONSARD, 1958 apud FERREIRA, 1988).
Os conceitos da economia espacial e economia regional foram solidificados, segundo FERREIRA, na década de 1950. Nessa época as idéias seminais de Von Thünen já haviam se difundido e ganhavam críticos e seguidores nas diversas escolas de economia.
1.1. Conceitos relevantes
1.2.1. Economia Espacial
A economia espacial se refere à análise das questões: “o que” está “onde” e “ por quê” (HOOVER, 1970 apud FERREIRA, 1988). A economia espacial avalia os tipos específicos de atividade econômica, sua localização em relação a outras atividades. Desta forma, os principais questionamentos feitos pela economia espacial