Economia No Chile
A economia chilena é caracterizada por significativa desigualdade na distribuição de renda, gerando grandes diferenças sociais entre ricos e pobres. Os 5% mais ricos da população ganham mais de 830 vezes a renda dos 5% mais pobres.14 Um estudo realizado por economistas Ramon López, Eugenio Figueroa e Pablo Gutiérrez, indica que o Chile tornouse em 2013 no país mais desigual do mundo.15
Esta desigualdade chilena é atribuída, por alguns, ao atual sistema liberal (em comparação às décadas de 50, 60 e 70, quando o Chile tinha uma distribuição de renda exemplar), outros a atribuem à adoção de fatores naturais (que fez desenvolver um determinado tipo de economia extrativista que favorece instituições que propiciam a desigualdade17 ; já o relatório da Comissão Europeia menciona como um dos fatores que contribuem para essa grande desigualdade econômica os impostos regressivos 16 .
Quando ocorreu a democratização, em 1990, 38,6% da população chilena se encontrava abaixo da linha de pobreza. Pinochet privatizou a previdência social 19 , e até hoje 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social 20 21 .
As desigualdades ainda têm um grande impacto negativo na renda de certas camadas da população, como as mulheres, os jovens, os índios, os idosos e os habitantes de determinadas regiões do Chile. A desigualdade de gênero também incide como variável no dinamismo da economia do Chile. A baixa participação da mulher no mercado de trabalho (a menor na América Latina) dificulta a redução do desemprego. Existem também grandes diferenças salariais entre homens e mulheres. Taxas universitárias são as mais altas do