economia - IGNACIO HANGEL

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IGNÁCIO RANGEL – PENSAMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO

Biografia
Ignácio de Mourão Rangel (1914-1994). Nascido em 20 de fevereiro de 1914 na cidade de Mirador, Maranhão, filho de um Juiz, Ignácio de Mourão Rangel graduou-se em direito. Em 1954 vai para o Chile onde realiza um curso de Pós-Graduação na Cepal, defendendo a tese intitulada “Esarollo Económico en Brasil”. Foi militante do Partido Comunista e fez parte da Aliança Nacional Libertadora (ALN). Já na sua militância intelectual integrou o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB).
Referências teóricas
Ignácio Rangel é, ao lado de Celso Furtado, um dos maiores analistas do desenvolvimento econômico brasileiro na segunda metade do século XX.
Marx, Engels e Lênin foram as principais referências teóricas de Ignácio Rangel. Porém, a adoção do materialismo histórico como base de sua trajetória intelectual não o impediu de trabalhar com autores como Adam Smith, J. Schumpeter e J. M. Keynes. Do ponto de vista político, Rangel se posicionava no campo do marxismo-leninismo tingido com fortes posições nacionalistas e desenvolvimentistas.
Sobre
O fio condutor de sua obra é a sua tese da dualidade. Trata-se de uma engenhosa construção analítica que articula contribuições do materialismo histórico marxista, de Smith, de Keynes, da teoria dos ciclos e das crises de Kondratieff e Juglar à formação econômica brasileira, no intuito de entender sua dinâmica e especificidades.
O governo Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-61) havia mudado a fisionomia do Brasil. A acumulação industrial do Programa de Metas prosseguiu liderado pela industrialização pesada, com uma concentração crescente no espaço paulista, o que provocou vários conflitos. Mergulhou fundo no grande debate nacional. A inflação brasileira, não poderia ser administrada estritamente por políticas monetárias contracionistas ou estritamente pelo desentrave dos pontos de estrangulamento da economia. Seguindo a análise brilhantemente elaborada por

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