Economia dos mares de carlos drumond de andrade, e biografia.
É sobre a queixa comprimida na garrafa, quer escapar reunir os povos. O clima de Drummond é quase sempre o de urgência e pede que sejamos enérgicos, firmes. Raciocinar com emoção, se isto for possível. Seu ritmo conduz o leitor num labirinto permeado de cotidiano.
Equívoco
Na noite de lua perdi o chapéu (...) sou um peixe, mas que fuma e que ri e que ri e detesta”. Puro surrealismo e pessimismo.
Movimento da Espada
Irmão vingador (...) justiça (...) já podes sorrir. O eu-lírico sofre golpe e se acha bom: “o que perdi se multiplica (...) sobre minha cova, como brilha o sol!”. Novamente uma alusão às batalhas.
Assalto
Tempo transcorrido, traças, “perna que pensa”: o tempo se retrai, o concha “concha”. Mais uma vez a ruptura com a linearidade do tempo traz todas as épocas (até o futuro!) para um presente cheio de calamidades e prazeres suspeitos.
Biografia Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais em 1902. Após estudos em sua terra natal e Belo Horizonte, foi interno no Colégio Anchieta, em Friburgo, em 1918. No ano seguinte, foi expulso devido a um incidente com o professor de português. Em Itabira, apesar de formado em farmácia, vivia das aulas de português e geografia. Tornou-se funcionário público em 1929, e, em 1934, o cargo no Ministério da Educação transferiu-o para o Rio de Janeiro. Em 1945, foi co-editor do jornal comunista Tribuna Popular a convite de Luís Carlos Prestes. A partir da década de 50, dedicou-se apenas à literatura, escrevendo novos livros de poesias e contos. Além de intensificar a produção de crônicas, fez também traduções. Carlos Drummond morreu no Rio de Janeiro em 1987.
Características Literárias
Carlos Drummond de Andrade é o primeiro grande poeta pós-movimento modernista e um dos mais importantes poetas brasileiros. Seu livro Alguma Poesia de 1930 marca o início da segunda fase poética do Modernismo.
Escreveu também prosa que se