ECONOMIA DA EDUCAÇÃO I
O homem é produto da historia que se constrói através do processo histórico. A relação do homem com a natureza que cria o homem. E dai vem o trabalho, ação do homem para sobreviver e realizar-se, criando instrumentos que depois atua na natureza com esses determinados instrumentos. As forças e relações de produção constituem o fundamento, a base da sociedade. Mas uma sociedade não é só isso. Todo grupo humano, por menor que seja, na medida em que vai se organizando, necessita criar normas, leis, uma constituição, instituições de todo tipo, etc. E dentro dele, além das tradições, vão se criando também histórias, lendas, mitos, que servem para explicar, legitimar, fortificar, reproduzir as práticas já existentes no grupo, chamado de estado. Como qualquer grupo, assim também numa sociedade, o que a define são as relações básicas que se apresentam nela. E como ninguém vive sem comer, as relações na produção, estão sempre presentes.
Evidentemente, é a partir dessas relações tensas que se constrói a superestrutura, para garantir que os interesses dos grupos antagônicos sejam garantidos. E aqui, quem possui mais recursos, poder, vai decidir que tipo de estado, vai se estabelecer. Mas essa superestrutura, ou o estado é uma realidade bem complexa. Ao menos três grandes dimensões estão presentes aí: a política, a jurídica e a ideológica. Comparando a sociedade a um edifício: assim como nenhum edifício pode subsistir sem que tenha uma base, isto é, fundamentos sólidos e garantidos, assim também numa sociedade são necessários os fundamentos. Esses fundamentos, essa base, é a infraestrutura, que é constituída pela produção: as forças e relações de produção. Sem produção não existe possibilidade de uma nação sobreviver. Mas num edifício existem também os andares superiores. É normalmente o que nos vemos primeiro, sem prestarmos muita atenção aos fundamentos do edifício, mas se retirarmos os fundamentos os andares caem. Assim, muita gente,