Economi e mercado de trabalho
É inegável que ao longo dos tempos somos educados para o trabalho, conceito este definido por Bueno (1988, apud KRAWULSKI, 1988, p.7) como sendo um “...exercício, aplicação de energia física de algum serviço, numa profissão, ocupação, mister, ofício, labuta, esforço; esmero, cuidado, dedicação, feitura de uma obra; a própria obra já executada; livro, compêndio; escultura, pintura; aflição, sofrimento; parto”. Com esta definição ao voltar o olhar para a história da humanidade, pode-se verificar que desde os primórdios existiu o trabalho, o que difere os diferentes períodos históricos não é o que se faz, mas como se faz os meios de trabalho, os instrumentos utilizados e a importância social atribuída a ele, entretanto enquanto condição humana permaneceu. Ou seja, o homem diferente de todos os outros animais é capaz em sua mente visualizar a construção de um projeto antes de torná-lo real. O homem com sua própria ação, transforma, impulsiona, modifica a natureza, afim de apropriar-se dos seus recursos, imprimindo-lhes forma útil a vida humana. Nessa ótica, com certo dispêndio de esforço racional e consciente o trabalho sempre foi um modo de satisfazer alguma necessidade humana sendo ela física ou psicológica.
Com a evolução dos diferentes modos de produção, vão surgindo modificações no sentido que as pessoas dão ao trabalho e em tantos outros aspectos, sendo que no modo de produção capitalista, com o advento da revolução industrial se reconhece o rompimento de muitos aspectos encontrados em vários outros modos de produção tais como a tradição, religião, família, valores que vão dando lugar a uma sociedade organizada com base na produção. De acordo com Cattani (2000, aput ROCHA, 2004 p. 116), “Com o processo de industrialização e o capitalismo houve grandes modificações na relação que o homem estabelecia com o seu trabalho. Com o desenvolvimento do sistema capitalista, o trabalho assume a forma de mercadoria.”
É importante