Ecologia Industrial
Este é um livro escrito por um autor português, tratando do tema da Ecologia Industrial, apresentando exemplos de aplicações portuguesas. Justifica-se esta resenha pela importância do tema, pelo reconhecimento do autor ao nível internacional, e pela, ainda embrionária, literatura nacional sobre o assunto. Dessa forma, espera-se que esta resenha, venha informar sobre a existência desta obra de peso, em português, sobre Ecologia Industrial.
Do prefácio do livro, pode-se extrair a seguinte definição:
A Ecologia Industrial baseia-se na metáfora que advém de retirar da análise do funcionamento dos ecossistemas naturais lições úteis para gerir melhor os sistemas industriais em sentido mais lato, ou seja, a sociedade que caracteriza as economias modernas e industrializadas.
Essa definição é explorada em uma multitude de facetas que levam a um entendimento bastante completo sobre Ecologia Industrial. Nesse sentido, o autor faz uma revisão crítica histórica dos movimentos que levaram a esse conceito. Nesse desiderato, ele primeiramente explica, para logo após comparar, os princípios do modelo convencional da economia e do modelo da economia ambiental, visto como o de um sistema aberto, onde ambiente e economia interagem. Ainda dentro dessa metáfora, surge o conceito do metabolismo da economia, com sua vinculação ao conceito do ciclo de vida, e a conseqüente procura pelo fechamento desses ciclos de materiais, com respeito ao meio ambiente.
Uma vez discutidos esses conceitos, o autor passa a discorrer sobre os métodos analíticos e as métricas disponíveis para análise no campo da Ecologia Industrial. Dentre elas, são particularmente abordadas a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), a Análise de Fluxo de Materiais (MFA), os Quadros Econômicos de Entrada-Saída (no Brasil - Matriz de Insumos-Produtos), e as suas variantes, incluindo extensões que fazem delas ferramentas de ACV.
Por fim, valendo-se da experiência prática do