Ecodesign
NOVA ÉTICA DO CONSUMO, DO PROJECTO E DA PRODUÇÃO
ALMIRO MANUEL COUTINHO DE AMORIM
COMUNICAÇÃO - FAFE, 19/3/1999
1ª PARTE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
“Desenvolvimento sustentável” foi um conceito definido pela Comissão Bruntland (World Commission on Environmental and Development, 1987) como “...o suprimento das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das próximas gerações o fazerem no futuro...”
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL deverá necessariamente envolver factores económicos, sociais, ambientais e tecnológicos de forma a prosseguir os seus objectivos tanto a médio como a longo prazo.
Trata-se de facto de uma profunda transformação de mentalidades e atitudes existenciais, com consequências a nível organizacional.
A produção e o consumo sustentável resultarão de um questionamento da hierarquia de valores vigente nas sociedades contemporâneas.
Por outro lado o conceito de sustentabilidade pressupõe uma visão globalizante da gestão, transformação e distribuição dos recursos disponíveis, reequacionando as assimetrias entre as sociedades de consumo pós-industriais, a Norte e a dramática situação dos países em vias de desenvolvimento, a Sul.
A garantia de uma gestão ecoeficiente dos recursos materiais, energéticos e humanos pressupõe um equilíbrio planetário, no qual o suprimento das necessidades humanas se faça segundo princípios sólidos e universalmente aceites.
A pratica das organizações políticas ou empresariais deverá incorporar estes princípios em cada momento da sua intervenção no quotidiano.
O CÓDIGO DE VALDEZ
O código operacional para o comportamento das organizações foi publicado pelo C.E.R.E. (Coalition for Environmentally Responsible Economies) em 1989. Os princípios formulados por este código têm como objectivo implementar a ecoeficiência através de um conjunto de estratégias empresariais que radicam na convicção da responsabilidade ética e social das organizações:
As empresas devem,