Década de 70
A década de 70 foi marcada pelo ápice da ditadura e o inicio do seu declínio, o auge da repressão e da censura e o surgimento de outras ditaduras pela América Latina. “A repressão e o clima de terror que o Estado ditatorial impôs em nome da Segurança Nacional e do combate à subversão comunista haviam desagregado e reduzido ao silêncio os movimentos sociais.” (HABERT NADINE, 1992).
O chamado milagre econômico e a crise do petróleo que afetaram a economia e aumentaram a divida externa. “A milagrosa expansão da economia brasileira fazia-se, pois, à custa da pauperização e do silêncio forçado de imensos contingentes de trabalhadores assalariados”. (HABERT NADINE, 1992).
A fabulosa seleção tricampeã na copa de 1970 no México que era usada no ufanismo nacionalista, a comunicação de massa intensificada com a popularização da televisão que chega a mais de quatro milhões de lares nessa década e a música como forma de protesto cantada escondida nos cantos do país.
2. POLÍTICA
2.1 Governos Militares
2.1.1 Emilio Garrastazu Médici (1969 – 1974)
No fim de 1969 devido ao estado de saúde do presidente Costa e Silva e seu respectivo afastamento, surgem os possíveis candidatos para assumir o cargo, entre os nomes cotados para assumir a presidência destacava-se o general Albuquerque Lima uma das figuras mais notáveis entre os mais jovens do exército. Porém os chamados “linha dura” optaram por Emilio Garrastazu Médici, que tomou posse em 30/10/1969.
Médici ingressou novo na escola militar, com treze anos iniciava o Colégio Militar de Porto Alegre, se formou na Escola Militar do Realengo e esteve à frente de importantes organismos militares como a Academia dos Agulhas Negras em 1964, foi adido militar nos Estados Unidos e em 1967 sucede Golbery do Couto e Silva na chefia do Serviço Nacional de Informações (SNI) posição que exerceu por dois anos, na qual apoio em 1968 o AI-5.
Seu governo foi extremamente repressivo,