Durkheim - sociologia da familia
Durkheim analisou um aumento no que diz respeito aos divórcios. Argumentando contra o divórcio por mútuo consentimento.
Achava que este tipo de divórcio conduziria efeitos nefastos para a sociedade, nomeadamente no que diz respeito à instituição do casamento e sobre o próprio indivíduo.
Referiu que a partir do momento em que estes têm filhos, devem comunicar e justificar-lhes a razão pela qual a sua união deixou de fazer sentido. Assim como também devem informar os seus pais.
É a favor que apenas o casamento une a humanidade e que este é que permite a existência da vida social. Define que a função do casamento é regulamentar a vida de amor «casamento pela regra a que se submete paixão, dá ao homem uma base moral que aumenta o seu poder de resistência» (Émile Durkheim and the Sociology of the Family).
Durkheim opôs-se ao divórcio porque este reduziu o papel do Estado. Segundo este sociólogo, era fundamental o cumprimento da lei ao ponto de achar que esta não pode ser quebrada pelo simples facto de os membros do casal quererem terminar com o casamento sem que houvesse uma razão muito forte para tal. E esse motivo tinha de ter a aprovação do Estado, através do juiz, pois as razões para o divórcio tinham de ser fundamentadas na lei.
Argumentava também que o divórcio não aumentaria a felicidade dos indivíduos em causa, antes pelo contrário: aumentaria os casos de suicídio, baseando-se num estudo que fez sobre o suicídio (em que os divorciados se suicidavam mais do que os que estão casados, deixando, dessa forma, de ter laços significativos com alguém que durante muitos anos estabeleceu laços muito marcantes na vida dessa pessoa).
Sublinha que o casamento é mais do que um contrato. E que era muito difícil saber como controlar "esta nova agressão feita contra o casamento", pois viu um colapso geral no que diz respeito à lei e à ordem.