Durkheim, Marx e Weber
1. NOÇÃO DE FATO SOCIAL EM DURKHEIM À LUZ DA DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL E DE O SUICÍDIO
Ao final do século XIX Durkheim se preocupou em estabelecer um método sociológico e definiu o fato social como seu objeto de estudo. O fato social consiste em costumes e maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo e que são impostos pela sociedade por meio de coerção. Segundo Durkheim, os fatos sociais devem ser estudados como coisas, desligados dos sujeitos conscientes, pois é desta forma que eles se apresentam.
Os fatos sociais podem ser normais (quando são regulares, ou seja, são encontrados na maioria das sociedades) ou patológicos (quando são extraordinários e eventuais). Os fatos sociais normais contribuem com a preservação da vida social, já os fatos sociais patológicos são mais raros porque os sujeitos que os apresentam têm mais dificuldade em sobreviver.
Além de descrever e classificar os fatos sociais, Durkheim se preocupou em explicá-los, ou seja, entender as causas e funções do comportamento coletivo. O método funcionalista durkheimiano busca determinar as conseqüências positivas dos fenômenos sociais para o conjunto da sociedade. Os fatos sociais existem em função da sociedade e contribuem com a sua harmonia.
Na sua obra A Divisão do Trabalho Social, Durkheim analisa a função que a divisão do trabalho cumpre nas sociedades modernas partindo do pressuposto de que o início da evolução social seriam as sociedades regidas pela solidariedade mecânica.
Na solidariedade mecânica os indivíduos interagem entre si quando se reconhecem como semelhantes através de normas contidas na consciência coletiva. Como exemplo dessa solidariedade podemos citar as sociedades indígenas. Durkheim observa o direito como símbolo visível de solidariedade que existe na sociedade. Nas sociedades de solidariedade mecânica temos o predomínio do direito repressivo, o qual reconduz o