Dragão Arcanjo é muito forte.
Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo
2012;57(2):81-4.
Síndrome do choque tóxico
Toxic shock syndrome
Paula Andrade Alvarez1 , Marcelo Jenne Mimica2
Resumo
immunoglobulin may also be considered.
Desde sua descrição inicial houve consideráveis avanços no conhecimento sobre a patogênese da síndrome do choque tóxico. A epidemiologia da síndrome também sofreu notáveis mudanças, com a diminuição dos casos relacionados ao uso de tampões menstruais e a disseminação do Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina, primeiro nos hospitais e, mais recentemente, na comunidade. A despeito dessas mudanças, continuam imprescindíveis o diagnóstico precoce, o suporte intensivo, a drenagem dos sítios de infecção e a terapêutica específica adequada, que deve incluir um antimicrobiano bactericida e um antimicrobiano que diminua a síntese de toxina. A utilização de imunoglobulina intravenosa também pode ser considerada.
Keywords: Shock, toxic; Staphylococcus aureus; Streptococcus pyogenes
Introdução
Desde a descrição inicial em 1978(1), houve consideráveis avanços no conhecimento sobre a patogênese da síndrome do choque tóxico (TSS, do inglês toxic shock syndrome). Apesar de muitas vezes ser confundida com o choque séptico, a TSS inclui manifestações clínicas específicas, como exantema, descamação em pés e mãos, comprometimento muscular, hiperemia faríngea e conjuntival, sintomas gastrointestinais e insuficiência renal aguda de rápida progressão(2,3).
Essas manifestações clínicas decorrem da produção de exotoxinas bacterianas que funcionam no organismo humano como superantígenos, com destaque para a toxina-1 do choque tóxico estafilocócico (TSST‑1) e para as toxinas pirogênicas estreptocócicas (3-5).
Inicialmente, a maioria das descrições de casos era relacionada ao uso de tampões menstruais(6). Nas últimas décadas, devido a mudanças na capacidade de absorção, na composição e nos padrões de utilização
desses