DPO - MINIONU

Liechtenstein tornou-se um estado soberano somente em 1806. Antes disso, foi dominado por romanos, que implantaram a religião cristã no país, germânicos, francos e franceses. Hoje, Nossa Pátria é uma monarquia constitucional parlamentarista oficialmente católica. Apesar disso, há uma preocupação em assegurar os direitos das demais religiões, respeitá-las já que de acordo com o censo de 2013, a população de Liechtenstein é composta por 37 mil habitantes, dos quais 76,2% são católicos romanos, 7% são protestantes, 6,2% professam outras religiões e 10,6% têm religião desconhecida.

Não há índices que indiquem problemas religiosos em Liechtenstein, demonstrando uma boa administração do país nesse quesito. Nossa legislação garante o gozo de direitos civis e políticos independente do credo; liberdade de culto e de consciência; uma educação teísta, sendo essencial que a Igreja e a família trabalhem juntas.¹ Temos essa preocupação com a religião, o credo, pois ele faz parte do indivíduo, influencia suas ações. De modo que, discutir esse tema, hoje, é muito importante para nós. Liechtenstein garante o direito de autodeterminação² sendo contra um regime autoritário, que desrespeite direitos civis, e refuta práticas terroristas, por isso, apoia algumas interferências estadunidenses externas, afinal, como foi dito em entrevista por nosso príncipe Hans-Adam II³ em 2010: “Os americanos nos salvaram durante a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria”. Nós esperamos então chegar a um consenso nesta reunião, sendo favoráveis a negociações, já que salvaguardar os direitos religiosos é um meio de garantir a segurança nacional e internacional.

¹ Isso e os demais direitos referentes ao tema podem ser encontrados nos artigos 14, 15, 16, 37, 38 e 39 da Constituição de 1921.
² Direito garantido com a reforma constitucional de 2003.
³ João Adão II ou Hans-Adam II é o atual príncipe-soberano de Liechtenstein e chefe da Casa de mesmo nome,