DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, 1999, p.25-116.
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Fichamento: DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, 1999, p. 25 – 116. É notória a participação dos governos na economia. Diferente de consumidores e produtores comuns, eles obedecem primordialmente fins políticos. A ação racional deles é observada por Downs sob três motivações: democracia na qual haja partido de oposição, conjuntura que traga dúvidas e eleitores racionais. O autor evita basear sua teoria tanto num modelo organísmico quanto individualistas do Estado. Ao Estado cabem muitos papéis na determinação dos impostos, das políticas e dos gastos do governo. É possível visualizar ações cujos fins sejam fundamentados em princípios éticos na política. Contra isso, há o argumento de Arrow que afirma que racionalmente não se pode estabelecer essa relação sem prescrições. O objetivo de Downs nessa análise é buscar a atitude racional do Estado e dos cidadãos de uma democracia. O partido que atinge o governo democrático (por meio de uma eleição periódica na qual há disputa entre partidos) encarrega-se das funções sociais esperadas do Estado ainda que não sejam esses os motivos para sua ação e atua, na divisão do trabalho, com a apresentação de políticas públicas. No entanto, pessoalmente, esses agentes políticos são movidos por seus próprios desejos de renda ou posição social privilegiada. Em suma, os programas de governo com âmbitos sociais são um artifício para um objetivo privado. Por isso, as ações se destinam aos votos que elas podem gerar. Os governos tentam correlacionar, portanto, as suas ações com o modo de votar dos cidadãos. Parte-se do pressuposto de eleitores racionais que votam no partido que julgam melhor atender às suas demandas. Esse eleitor é influenciado por: o que recebem do governo atual ou o que receberiam caso a oposição tivesse vencido; em sistemas multipartidários não vota apenas no partido de sua preferência mas no que a conjuntura oferece-lhe – se o seu