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Luís Gonzaga de Toledo
Analista Ambiental
Ibama – Diretoria de Licenciamento e Qualidade Ambiental e-mail: luis.toledo@ibama.gov.br
Distribuição das águas superficiais
As águas superficiais representam apenas 0,14% de toda água existente no planeta, havendo uma intensa troca entre os diversos ambientes armazenadores de água superficial. Esta mobilidade entre os compartimentos hídricos superficiais ocasiona uma dificuldade no estabelecimento de suas reservas, provocando desta maneira um efeito de sazonalidade que dificulta generalidades tanto em termos quantitativos quanto em termos qualitativos. O reflexo desta complexidade fica evidente nos tempos de residência da água nos diferentes compartimentos, que para as águas superficiais variam entre alguns dias ate meses em media, enquanto que para as águas subterrâneas e geleiras o tempo de residência na maioria dos casos situa-se na faixa de décadas e séculos (vide figura 1).
Por ai tem a noção da variabilidade quali-quantitativa que as águas superficiais estão sujeitas, seja pela influência do comportamento natural do ciclo hidrológico ou pelo uso que o homem faz do recurso hídrico. Acrescente-se que esta disponibilidade influencia de maneira efetiva na demanda pelos recursos hídricos, que por si só, acaba influenciando a qualidade da água. No caso do Brasil, por possuir cerca de 12% da disponibilidade hídrica superficial do planeta, a heterogeneidade das águas superficiais também é maior. Quanto ao uso, o Brasil caminha para uma situação similar aos paises desenvolvidos em que o uso agrícola tem predominância sobre os demais: doméstico e industrial. Embora em termos nacionais tenhamos
“abundância” de água, as diferenças regionais de disponibilidade hídrica é fonte de conflito quanto ao uso.
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Há de reforçar a idéia de que a abundância aqui mencionada envolve o conceito de água de boa qualidade para o uso a que se