Doveteoria

Recriando a "Campanha pela real beleza" dove
Para uma nova campanha pela real beleza dove, pensamos a partir da pergunta feita no debate em sala de aula "A campanha da real beleza quebra o corpo-mídia ou não?". Após analisar, chegamos a conclusão de que apesar da marca querer representar esse rompimento de padrões, que não liga para esteriótipos, ela acaba ''quebrando'' o corpo-mídia onde a mulher precisa ter 1,80 pesando 60kg, loira de olho claro, porém ela acaba criando um novo corpo-mídia. As mulheres usadas na campanha, todas possuem alguma característica fora dos padrões da publicidade/moda, como estarem um pouco acima do peso, não terem cabelo liso, terem sardas, mas nenhuma é imperfeita. Nenhuma pode ser considerada feia, todas são perfeitas. A dove, para nós, acabou passando a mensagem que você pode estar acima do peso mas que seu cabelo e sua pele ainda é linda ou que você pode ter sardas mas ainda ter um corpo perfeito. Não existe totalmente uma quebra de esteriótipo. As mais gordinhas vão desejar ter o corpo da mais gordinha da campanha, vão desejar se parecer com ela, a menina com sardas vai querer se parecer com a menina com sardas da campanha, ou seja, cria um novo corpo-mídia e o corpo biocultural deseja atingir o corpo mídia (corpo-desejo de ser corpo). Portanto, para nossa campanha pela real beleza dove, usaríamos pessoas que tiveram algum caso sério de saúde que afetou sua aparência de alguma forma. Para a campanha que criamos, usamos uma mulher que fez mastectomia (cirurgia feita para prevenção ou tratamento do câncer de mama, que consiste em retirar uma ou as duas mamas da mulher). A cirurgia afeta a auto estima de muitas mulheres, então pensamos que incluir essas mulheres e também outros casos como uma mulher careca, ou deficiente na campanha para além de impactar quem irá ver, quebrar de vez os esteriótipos e mostrar que todas as pessoas são perfeitas.

Amanda Marcon, Roberta Bolliger 2MB - Teorias da Comunicação