Dor em pacientes oncológicos
A dor em câncer pode ser causada pela doença, a ela relacionada, resultante de procedimentos diagnósticos e de tratamento, ou ainda causada por um transtorno concorrente. A prevalência de dor crônica é de 30% a 50% nos pacientes em tratamento oncológico para tumores sólidos, subindo para 70% a 90% naqueles com doença avançada no momento do diagnóstico.
A experiência de dor crônica é estressante tanto para o paciente quanto para seus familiares, amigos, cuidadores e também para a equipe que o trata.
O conceito de dor total foi cunhado em 1964 por Cicely Saunders38 para mostrar que a dor em câncer era física, emocional, social e espiritual, sendo posteriormente acrescentadas a dor interpessoal, a familiar e a financeira.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer muito pacientes com câncer avançado sofrem de mais de um tipo de dor e o tratamento adequado vai depender da identificação de sua origem.A dor pode ser completamente aliviada em 80% a 90% dos pacientes e um nível aceitável de alívio pode ser alcançado na maioria dos restantes.
O Instituto Nacional de Câncer preconiza que o adequado preparo de toda a equipe é estratégia fundamental para o controle da dor e sintomas prevalentes em pacientes com câncer avançado sob cuidados paliativos.Qualquer ação deve fazer parte de um processo decisório bem definido e discutido na equipe, não com a intenção de uniformidade, contudo, para que os fluxos sejam determinados para a possibilidade de intervenção igualitária. O que um paciente receberá como oferta analgésica de um serviço, não pode depender do conhecimento, crenças ou habilidades de quem institui os cuidados. Deve ser compreendido e, implementado no todo e em uma só direção.
O processo decisório se inicia com a unificação dos conhecimentos atualizados das equipes. As decisões são precedidas pela avaliação da dor, e preferencialmente pela escolha de intervenções múltiplas para a garantia de maior êxito. Intervenções