Dona Inês
(Relato Pessoal)
Data: 11/06/12
Potinga
Dona Inês (Vó Inês)
Senhora de semblante leve e humilde,
Coração nobre!
Não se deixou abater pelo tempo,
Reluz feito o brilho do Pai!
Logo que fizemos a primeira parada na escola de Potinga, nos deparamos com uma “senhorinha” muito simpática e amável. Recebeu-nos de forma familiar, como se já nos conhecesse. Atenciosa, consagrou-nos com sua breve história de vida. Sua alma resplandecia o quão grata és pela sua existência. Apesar de viver só (pois seu marido falecerá a vinte e um anos), continua firme e forte na caminhada. Farinheira, aos oitenta e oito anos de idade tem a mente lúcida e vivaz. Presenteou-nos com sua sabedoria anciã.
Convidou-nos para um café em sua casa e aceitamos. No entanto só voltaríamos mais tarde. (Após passar pela outras escolas). Ao voltarmos adentramos o seu lar onde nos acolheu com muito carinho. Pediu ajuda para trocar o gás que havia acabado. Assim Ana Josefina fez a gentileza de trocar o bujão para aquela doce senhora que já esperava por nós com seu pão (maravilhoso sem ovo) e com a água na chaleira para fazer o café. Contou-nos que tem o habito de partilhar o pão com os motoristas da viação graciosa. “Eles vem de tão longe coitados. Precisam se alimentar para não ficarem com fome”. Além deles, todas as terças-feiras, Dona Inês também oferece seu café com pão aos verdureiros que ali passam. À medida que íamos conversando e a conhecendo, nos admirávamos com tamanha vitalidade e memória. Mostrou-nos suas fotografias, falou um pouco de seus filhos (oito mulheres e dois homens) e também contou que paga a uma mulher cinquenta reais por mês para lhe fazer companhia durante a noite e ao dormir.
O melhor momento
Durante o pouco convívio com Dona Inês um momento em especifico me marcou e me fez valer o dia. Acredito que para todos ali também foi especial. Estávamos todos sentados em volta da mesa nos alimentando (Ceci, Bonfim, Ana Josefina, Rastinha, Eu e Raul) e