Dom Casmurro de Machado de Assis resumo fonte: http://www.uol.com.br/ I e II O narrador explica a origem do seu apelido e a necessidade do livro: o primeiro foi-lhe atribuído durante uma viagem de trem, por um poeta magoado pela pouca atenção dada a seus versos (Casmurro = calado, metido consigo). O tom é irônico. O apelido pegou e virou piada entre amigos. Quanto ao livro, foi uma necessidade de atar as duas pontas da vida e restaurar na velhice a adolescência: D. Casmurro manda reproduzir, no Engenho Novo, a casa de sua infância, na rua de Matacavalos. Porém, não consegue reencontrar-se consigo mesmo: ele é sua grande lacuna. As esculturas clássicas, em baixo relevo, na parede, sugerem-lhe que reviva suas memórias através de um livro. Ele se propõe à tarefa. Sua lembrança mais importante data de novembro de 1857: ao entrar na sala de visitas, Bentinho ouve uma conversa comprometedora, pois o agregado José Dias alerta D. Glória (mãe de Bento) sobre a necessidade de colocar o menino logo no seminário, antes que se tornasse tarde demais para o cumprimento de sua promessa. Alude ao possível interesse da família de Capitu, vizinhos de casa, em casá-la com o menino. Tio Cosme e Tia Justina dão palpites. D. Glória chora, talvez arrependida da promessa. O agregado desculpa-se. Aparece em seguida a origem do agregado à família Santiago e um retrato físico e moral de José Dias: gostava de superlativos, vestia-se cerimoniosamente, andava com passo calculado (um silogismo completo). D. Glória usufruíra de uma vida conjugal extremamente feliz até a morte do marido. Viúva e moça, teimava em esconder a beleza e tentava parecer mais velha. Convidara os dois irmãos, também viúvos, para morarem com ela e o filho na Rua de Matacavalos. Retomando a tarde de novembro - a da revelação do seu amor - o narrador lembra a teoria do maestro italiano Marcolini de que a vida é uma ópera, exposta a ele durante um jantar. Deus teria escrito o libreto da peça; Satanás levou o manuscrito para o