Doeça de Huntington resumo
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Doença de HuntingtonA Doença de Huntington (DH) também conhecida como Coréia de Huntington é uma afeção degenerativa progressiva do sistema nervoso com padrão de herança autossômica dominante. Os pacientes apresentam uma expansão da trinca de CAG (citosina-adenina-guanina) na porção 5’ do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4.
A proteína codificada pelo gene IT15 normal é a Huntingtina e essa está presente não só no cérebro (embora seja onde esteja mais concentrada), mas também em diferentes tecidos orgânicos e é quase exclusivamente encontrada no citoplasma, onde estaria associada em parte com as membranas das vesículas do Complexo de Golgi (Migração vesicular e exocitose de substâncias, neurotransmissores, enzimas, entre outros) além de estar também ser creditado a ela papel ainda incerto no mecanismo apoptótico de morte celular.
Na Doença de Huntington essa proteína é defeituosa pela expansão da trinca de CAG. Essa trinca de trinucleotídeos CAG é responsável pela transcrição do aminoácido glutamina e a repetição sequencial de até trinta e cinco aminoácidos é característica da estrutura molecular normal da proteína huntingtina, na situação de DH as repetições são na ordem de 40 a 100 (Figura 2.1).
Assim, na DH a huntingtina possui uma cadeia anormal de poliglutaminas, e isso confere a sua estrutura novas propriedades que desencadeiam interações anômalas com outras proteínas, por exemplo. A huntingtina mutante, ao contrário da normal, se encontra predominantemente no núcleo da célula e, como já dito anteriormente, por conta a cadeia anormal de poliglutaminas a huntingtina se inter-relaciona com diferentes proteínas, como a HAP1 (que se liga fortemente a huntingtina, sendo essa intensidade de ligação maior proporcionalmente a extensão da cadeia de poliglutamado). A HAP1 é encontrada largamente no tecido cerebral em região específica, e por isso sugere-se que ela seria responsável pela seletividade regional no cérebro comprometido pela DH.
Os efeitos que