Doenças periodontais
No século XVIII, surgiu a primeira classificação da doença periodontal. Considerava os aspectos clínicos das doenças, dividindo-as em doenças de ocorrência na gengiva e aquelas de ocorrência no osso alveolar (CONDE, 2003).
Durante o século XX, entre as décadas de 20 e 70, surgiram várias classificações, que refletiam os conhecimentos mais recentes sobre a doença e eram adotadas de acordo com as afinidades filosóficas de diversas escolas.
No Workshop Mundial de 1977, promovido pela Academia Americana de Periodontologia, duas formas de periodontite foram reconhecidas: a periodontite juvenil e a periodontite marginal crônica. Porém, com o desenvolvimento científico, demonstrou-se que a periodontite compreende uma família de doenças que difere na etiologia, história natural, progressão e resposta à terapia (FLEMMIG, 1999). Reconhecendo esse desenvolvimento, a Academia Americana de Periodontologia adotou, em novembro de 1986, uma classificação mais atual, que foi, posteriormente, revisada e modificada, em 1989, durante o Workshop Mundial em Periodontologia Clínica.
Classificação das doenças periodontais, da academia americana de periodontologia, 1989:
I. Periodontite do Adulto
II. Periodontite de Estabelecimento Precoce
A. Periodontite Pré-Puberdade
1. Generalizada
2.Localizada
B. Periodontite Juvenil
1. Generalizada
2. Localizada
C. Periodondontite de Rápida Progressão
III. Periodontite Associada a Doenças sistêmicas
IV. Periodontite Ulcerativa Necrosante.
V. Periodontite Refratária
Em 1993, Ranney publicou uma classificação mais simplificada e também baseada em princípios científicos. Essa classificação foi adotada no Workshop Europeu desse mesmo ano. Tanto a classificação de 1989, apresentada no Workshop Mundial promovido pela Academia Americana de Periodontologia, quanto a de 1993, adotada pelo Workshop Europeu, foram amplamente aceitas e utilizadas pela comunidade científica e clínicos em todo o mundo