Doenças ocupacionais em músicos: uma abordagem fisioterapeutica.
Sissy Veloso Fontes, Fisioterapeuta da Unifesp, Educadora física e docente da UNIBAN, UMESP e UNISANTA.
Márcia Maiumi Fukujima, Neurologista, docente da UNIBAN E UNISANTA.
Resumo: Músicos e instrumentistas apresentam muitos distúrbios neurológicos, desordens musculoesqueléticas, neuropatias compressivas e disfunções motoras. Distúrbios causados por movimentos repetitivos, posturas inadequadas, compressão direta sobre o trajeto superficial do nervo e outras.
As autoras apontam a necessidade de profissionais que tratam disfunções físicas elaborarem protocolos de abordagem preventiva e terapêutica. Apresentando algumas das técnicas mais utilizadas pela fisioterapia.
Introdução
Musicistas são profissionais que estão em constante evolução e tentativa de atingir a perfeição e domínio técnico, o que solicita muito do interprete, o levando a quadros em que o limite físico é ultrapassado.
Inicialmente em estudos médicos acreditava se que as lesões nesse grupo de profissionais estavam localizadas no Sistema Nervoso Central, ou apenas uma desordem no músculo, dado o diagnostico a recomendação feita era de repouso total do sistema envolvido. Porem em 1986, chegou sea conclusão que os problemas estariam relacionados aos movimentos repetitivos, a capacidade natural e ao constante uso muscular.
Para a prevenção deve se identificar as possíveis disfunções e relaciona las com as estruturas musculoesqueléticas mais exigidas e aplicar a técnica fisioterapeutica preventiva e curativa.
Em pesquisas realizadas pelas autoras foram encontrados dados que relacionam as doenças nos músicos, feita no ano de 1986, respondidas por 2.122 músicos sendo que 76% apresentavam ao menos uma disfunção severa e 36% relataram apresentar quatro disfunções.
Já em outra pesquisa foram examinados 485 instrumentistas australianos, 64% deles apresentavam desordens musculoesqueléticas, neste caso a maioria dos acometidos foram