Doenças da seringueira
A domesticação da seringueira ocorreu entre o final do século XIX e o início do século XX;
Apesar de ser um gênero com centro de origem amazônico, os primeiros plantios iniciaram-se no sudeste asiático, a partir de sementes coletadas na região norte do Brasil;
No Brasil, os plantios comerciais adensados, foram implantados a partir de 1927, em duas tentativas frustradas pela doença mal-das-folhas;
Realizadas pela Ford Motor Company, no Estado do Pará;
Outras tentativas fora feitas e até 1988 foram plantados 166 mil ha, sendo 119 mil com incentivos do governo;
Desse total, 95 mil localizavam-se em áreas tradicionais de plantio (região amazônica), dos quais 38 mil ha foram perdidos, também devido à mesma doença.
2. MAL-DAS-FOLHAS
Agente causal: Microcyclus ulei (sin.= Dothidella ulei = Melanopsamopsis ulei) (Fusicladium macrosporum)
A doença é reconhecida por diversos fitopatologistas como a mais grave enfermidade da seringueira;
Apesar de 90% dos plantios se localizarem nos países do extremo oriente (Tailândia, Indonésia e Malásia);
Sua ocorrência ainda está restrita ao continente americano, abrangendo El Palmar, no México (18ºN), ao município de Jacupiranga (SP), no Vale do Ribeira (24º48’S);
Os países asiáticos tratam esta doença como assunto de segurança nacional, pois a borracha natural tem grande peso na sua balança comercial; 2.2. ETIOLOGIA
O mal Sul-Americano das folhas, ou simplesmente mal-das-folhas, é causado pelo fungo Microcyclus ulei, pertencente à classe Loculoascomycetes e Divisão Ascomycota;
Sua divisão anamórfica corresponde a Fusicladium macrosporum;
É um fungo parasita do gênero Hevea, cuja patogenicidade já foi comprovada em H. brasiliensis, H. benthamiana, H. guianensis, H. spruceana, H. camargoana e H. camporum;
Atualmente, são conhecidas no Brasil, 22 raças do patógeno, cinco delas presentes na região do Vale do Ribeira (SP);
Os conídios (ascósporos) são levemente esverdeados ou oliváceos;
O estádio