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A Casa dos Mortos
Audiência Admonitória

A casa dos Mortos

Infelizmente três destinos estão reservados aos doentes mentais que cometem crimes no Brasil: Ciclos intermináveis de internações, suicídio ou a sobrevivência em prisão perpétua.
O documentário ilustra a condição humana, social, médica e jurídica vivenciada por homens e mulheres que hoje habitam os hospitais de tratamento e custódia existentes em todo o Brasil, numa espécie de fusão entre um tratamento psiquiátrico tão interminável quanto ineficiente e uma prisão perpétua que atende pelo nome jurídico de Medida de Segurança.
A Medida de Segurança é o mecanismo jurídico ao qual são submetidos homens e mulheres com diagnóstico de transtorno mental e que cometem algum tipo de infração criminal. Uma vez que são inimputáveis perante a lei, ou seja, considerados, após perícias psiquiátricas, como cognitivamente incapazes de compreender os crimes que cometeram e, consequentemente, também incapazes de serem responsabilizados e responder pelos atos cometidos, independentemente da gravidade destes, não podem ser julgados, condenados e cumprir pena em presídios comuns. A eles são aplicadas a Medida de Segurança que se constitui na cessação da liberdade, período durante o qual são submetidos a tratamento psiquiátrico que, em tese, tem como objetivo reduzir o potencial de periculosidade de modo a reinseri-los no contexto familiar e social.
A Casa dos Mortos retrata três histórias que acontece em três atos de morte, com uma abordagem que amplia em tons fortes os sentidos, significados e dimensões sociais, políticas e morais da perversão e da tragédia que norteiam a vida dos milhares de custodiados hoje Brasil afora. Os protagonistas deste documentário são Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo de um será a tragédia do suicídio, e os outros dois um ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua