Do crescimento acelerado à crise: o brasil na década de 70
Caracteriza-se por um crescimento acelerado, decorrente em grande parte das reformas ocorridas no período anterior e das condições internacionais favoráveis.
O período 1968-73 caracterizou-se pelas maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na historia recente, com relativa estabilidade de preços.
As diretrizes do governo em 1967 já colocavam o crescimento econômico como objetivo principal, acompanhado de contenção da inflação, sendo que se admitia o convívio com uma taxa de inflação em torno de 20 a 30% a.a., com redução gradual.
A busca do crescimento, segundo o governo, deveria processar-se com o investimento em setores diversificados e com menor participação do estado, ou seja, deveria basear-se no setor privado.
As principais fontes de crescimento foram:
• A retomada do investimento público em infra-estrutura;
• Aumento do investimento das empresas estatais;
• Demanda por bens duráveis;
• Construção civil;
• Crescimento das exportações.
Quanto aos demais aos demais setores econômicos, observou-se o seguinte:
• Tanto o setor de bens de consumo leve como a agricultura, apresentaram desempenhos mais modestos. O crescimento que apresentaram deveu-se ao aumento da massa salarial, que, por sua vez, se devem ao aumento do emprego, e ao crescimento das exportações de manufaturados tradicionais e de produtos agrícolas.
• Quanto ao setor de bens de capital, seu desempenho pose ser dividido em duas fases. Até 1970, apresentou menor crescimento, dado que o crescimento observado se baseou na ocupação de capacidade ociosa e não na ampliação da capacidade instalada. Conforme foi sendo ocupada esta capacidade, aumentava-se a taxa de investimento na economia, sendo que a Formação Bruta de Capital Fixo superou os 20% do PIB no período 1971/73.
• O setor de bens intermediários apresentou uma taxa de crescimento de 13,5% a.a. no período. Tanto no setor de bens de capital como no de bens intermediários, a expansão econômica gerava