Diversos
A noção de liberdade no Emílio de Rousseau
Rousseau fala da noção de liberdade segundo o Emílio, isto é, segundo as duas etapas que caracterizam o seu conteúdo, a educação pela liberdade e a educação para a liberdade.O autor destaca a parte importante que a educação adequada a uma criança é respeitando sua liberdade física , não gozando de vantagens , onde suas necessidades ultrapassam sempre as suas forças , ela só pode , desse modo , usufruir de uma liberdade imperfeita. A liberdade de movimento deve ser preservada quando a criança cresce, uma vez que os seus efeitos serão benéficos para o desenvolvimento de seu corpo, sendo o primeiro de todos os bens não é a autoridade, mas a liberdade. O homem verdadeiramente livre só quer o que pode e fazer o que lhe agrada, a conquista dos seus limites depende, do alcance de onde ele possa chegar.
No indivíduo humano que alcançou o estágio consciente e moral de seu desenvolvimento, a experiência da falta e do remorso seria, na visão de Rousseau, uma prova inquestionável da liberdade da vontade, tendo o homem a liberdade em fazer tudo o que lhe agrada e convém, basta apenas adquirir a força suficiente para realizar os seus desejos. "Quem faz o que quer, diz Rousseau, é feliz quando basta a si mesmo" (Rousseau, 1969a, p.310).
Esta auto-suficiência, assegurada ao homem no estado de natureza, é destruída pela sociedade corrompida que multiplica os desejos tornando-os ilimitados. A sociedade cria, assim, necessidades artificiais que Rousseau chama de fantasia. Ele pode, certamente, superar as suas forças com as forças dos outros; essa solução, no entanto, tem um alto preço, equivale a encontrar uma saída na própria servidão. Querer satisfazer suas necessidades artificiais significa