Diversos
Romano o mundo ocidental sofreu uma dispersão do poder político. As cidades foram abandonadas e o povo foi viver no campo sob a proteção de um grande latifundiário, estabelecendo-se o sistema feudal. As invasões bárbaras criaram pequenos reinos, que tinham pouco poder. Senhores feudais eram absolutos em seus domínios. O cristianismo passa a exercer grande influência e a Igreja ganha poder, pretendendo unificar a cristandade sob sua direção. Forma-se no ano 800 o Sacro Império
Romano-Germânico como uma tentativa de ressuscitar o Império Romano, com poder sobre toda a Europa, porém sem sucesso. Um senhor podia ser vassalo de outro senhor ou um rei, que por sua vez podia ser vassalo do Imperador ou do Papa. Havia ainda as cidades livres e, dentro delas, as corporações de ofício com grande autonomia. Havia, portanto, uma pluralidade e uma sobreposição de centros de poder e ordens jurídicas, o trazia insegurança que levava a uma aspiração à unidade.
e) Estado Moderno. Na baixa Idade Média (Séc.
XI em diante), há um movimento de fuga da opressão feudal e de retorno às cidades em busca de liberdade. Com o crescimento das cidades, surge a burguesia. Cresce o apoio à unificação do poder, o que significava paz e segurança para os negócios. Os reis, com o apoio da burguesia, vão unificando o povo
(nação) e afirmando o seu poder soberano sobre determinado território, prevalecendo sobre a
Igreja, o Império, os senhores feudais e as cidades. Forma-se o Estado Moderno com suas características de soberania e territorialidade, oficializado na Paz de Westfália (1648). Os primeiros Estados modernos a se formarem
(Inglaterra, Portugal, Espanha, França etc.) são monarquias absolutistas.
Dois episódios ilustrativos. Dois episódios, citados por Dallari, ilustram bem a alteração no equilíbrio de poder na passagem da idade medieval para a modernidade. Em 1077,
Henrique IV, Imperador da Alemanha, entrou em