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ESCOLA
Mestranda Juliana Maria da Silva Lima
Universidade Federal da Grande Dourados
PROESP /CAPES julianamslima@gmail.com Profa Dra Marilda Moraes Garcia Bruno
Universidade Federal da Grande Dourados
PROESP/CAPES
marildabruno@ufgd.edu.br
Este ensaio é um recorte da pesquisa de mestrado sobre “A infância indígena Guarani-Kaiowá: um estudo sobre a inclusão da criança surda na família e escola”. Assim, tem como objetivo discutir algumas contribuições do pensamento dos sociólogos Pierre Bourdieu e Norbet Elias os quais nos ajudam a refletir sobre as relações existentes entre família-educação-sujeito na cultura ocidental.
Para entender essa complexa e múltipla relação torna-se essencial verificarmos sob o ponto de vista de ambos teóricos como se dá a constituição do sujeito. Na visão de Bourdieu, o indivíduo é um ator socialmente constituído e que carrega consigo sua bagagem social e cultural que se diferencia de pessoa para pessoa. Para Bourdieu, o habitus é um sistema de disposições, modos de perceber, de sentir, de fazer, de pensar, que nos levam a agir de determinada forma. O habitus constitui a nossa maneira de perceber, julgar e valorizar o mundo e conforma a nossa forma de agir, corporal e materialmente. Eles são estruturas (disposições interiorizadas duráveis) e são estruturantes (geradores de práticas e representações). Aprendemos os códigos da linguagem, da escrita, da música, da ciência etc.
Dominamos saberes e estilos para podermos dizer, escrever, compor, inventar.
Quanto à noção de sujeito, Bourdieu não adota o conceito de sujeito, o concebe como agente: os indivíduos são agentes à medida que atuam, sabem que são dotados de um senso prático, um sistema adquirido de preferências, de classificações, de percepção (BOURDIEU, 1996, p. 44). Somos o produto de estruturas profundas, produto da experiência biográfica individual, da experiência histórica coletiva e
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