Diversos
Pouco mais de um mês após a divulgação do escândalo que abalou o país na década de 1980, jovens em Israel, vítimas do tráfico internacional de crianças continuam em busca das famílias biológicas no Brasil.
A oferta de ajuda feita pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), trouxe um fio de esperança, mas ainda não apresentou um retorno concreto.
Sensibilizada pelas histórias contadas na série Órfãos do Brasil, divulgada pelo DC e que ganhou repercussão nacional no mês de agosto, a ministra prometeu unir o esforço de três pastas nacionais. Porém, o Governo Brasileiro ainda avalia os casos.
Sem conhecer direito o português, Or-Luz Galon pede ajuda ao jornal para entender a resposta que recebeu da SDH, em Brasília. Por e-mail, a comunicação formal informava que o pedido dela será analisado. Uma resposta um tanto quanto desanimadora para quem espera por longos anos encontrar a família biológica. Or-Luz contou seu drama durante a série.
Ela nasceu em Joinville, entregue pela mãe a uma quadrilha foi "negociada" em um hotel no Rio de Janeiro com poucos dias de vida para um casal israelense. Teve uma adolescência conturbada e a necessidade de conhecer a mãe, irmãos e parentes do mesmo sangue trouxeram dores ainda hoje difíceis de serem curadas.
Com a exposição da sua história no Brasil, a jovem foi procurada por algumas mães que um dia entregaram uma filha a desconhecidos. Até agora não há comprovação de nenhum laço entre elas, as datas de nascimento não correspondem. Or-Luz espera que com a ajuda do Governo Brasileiro possa ter uma chance de ultrapassar as barreiras da burocracia.
Moran Nachum, brasileira adotada no Rio de Janeiro e levada para Israel, também mandou e-mail para Secretaria dos Direitos Humanos, em Brasília e recebeu a mesma resposta formal. Ela não participou da série de matérias do DC, mas motivada pela repercussão do assunto em Israel