Diversos
Uma lei deficiente
Há cerca de cinco meses, entrou em vigor na França uma lei que proíbe o uso de Burca e Niqab em lugares públicos. O governo francês é taxativo e argumenta diversos apontamentos que motivam esta proibição, como exemplo: Fazer com que as mulheres muçulmana se sintam iguais em direito aos homens, desmotivação da submissão da mulher perante seu marido, e até mesmo perigo de ameaça terrorista.
Acredito que um direito não pode cair em detrimento de outro. Pode até ser que estejam visando elevar a capacidade das mulheres muçulmanas, mas proibi-las de usar a sua vestimenta de origem cultural e simbólica o governo estará fazendo com que elas estejam submissas à ele, e não mais ao seu marido e/ou religião, afinal de contas eles está PROIBINDO seu uso, e não tornando ele facultativo. Se fosse realmente por motivos de submissão a religião ou ordens do marido, o governo poderia criar uma lei ofertando a faculdade de querer ou não usar a burca e niqab, incluindo uma penalização para o homem que tentasse obrigar mediante grave ameaça ou forçadamente sua esposa a vesti-la. Não é este o caso.
A proibição do uso do niqab e da burca também não garante que não haverá ataque terrorista, pois os homens bomba geralmente não usam nada para esconder suas identidades, afinal de contas eles morrem.
As diferenças culturais diante do relativismo cultural devem ser respeitadas. Esta lei está impondo que essas mulheres virem as costas para suas crenças religiosas e sua cultura, e isto também é uma forma de mantê-las submissas, não a seu marido ou religião, mas a um governo. Cada povo tem sua cultura e sua crença, não pode ser proibida de exercê-la da noite para o dia. Proibir que as mulheres muçulmanas usem burca e niqab é uma forma de retalhá-las e não de ajudá-las, pois elas muitas verem querem e se sentem bem usando, pois é a religião delas, e é a forma que elas se vêem a respeitar sua religião e cultura. Não se pode ignorar uma cultura de