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Sistema ganha competitividade em regiões com alta densidade de edifícios, por causar menos poluição sonora e oferecer menor risco à estrutura de prédios vizinhos
A estaca helicoidal, que perfura o solo como um “saca-rolhas gigante”, é cada vez mais usada para as fundações de edifícios nos grandes centros urbanos. Sua competitividade se deve ao fato de produzir menos poluição sonora e também por oferecer baixo risco às estruturas de prédios vizinhos. Não significa dizer, porém, que o tradicional método que utiliza o bate-estacas esteja condenado. É o que o coordenador do curso de Engenharia Civil da Universidade de Goiás, Rodrigo Gustavo Delalibera, explica na entrevista a seguir. Confira:
A execução de fundações de edifícios utilizando o sistema hélice-contínua já é predominante neste tipo de construção no Brasil?
O uso de estacas do tipo hélice-contínua monitorada foi desenvolvida nos Estados Unidos. No Brasil, esse tipo de estaca é usado desde 1987 e sua aplicação vem demonstrando grande crescimento principalmente em regiões metropolitanas, onde as vibrações provocadas pelos bate-estacas podem gerar patologias nas edificações limítrofes. É muito difícil afirmar que o sistema “hélice-contínua monitorada” seja predominante na construção de edifícios no país, pois a escolha de um sistema de fundações depende de muitas variáveis envolvidas, como: a intensidade dos esforços solicitantes nas fundações; a existência de edifícios limítrofes; a topografia do terreno; a disponibilidade de sistemas de fundações na região onde será construído o edifício; o custo das fundações, o perfil geotécnico do terreno, entre outros. Cabe ao engenheiro civil, fazer uma análise técnica e orçamentária e, assim, definir qual o tipo de fundação indicado para o edifício em análise. Contudo, pode-se afirmar que nas regiões metropolitanas, onde há grande densidade de construções e, para edifícios altos, o sistema de